Antiga Casa de Câmara e Cadeia

Histórico do patrimônio

Sua construção foi iniciada em 1837 no antigo Campo da Chácara, conhecido anteriormente por Campo ou Largo de São Jerônimo (devido ao ribeirão com o mesmo nome que corria pelas suas imediações), e que passou a Largo da Cadeia Nova, com o surgimento do edifício. Posteriormente é que veio a ser chamada de Praça Andrada, denominação dada pelo Visconde do Embaré (Antônio Ferreira da Silva Júnior), então presidente da Câmara, e que, com o correr do tempo, o povo se encarregou de mudar para Praça dos Andradas, que perdura até os dias atuais, juntamente com o velho casarão.

É válido ressaltar, ainda, que durante a construção da Casa da Câmara e Cadeia as águas do ribeirão de São Jerônimo (que ainda não havia sido canalizado) chegaram a invadir suas obras, prejudicando assim o andamento dos trabalhos. Apesar de incompleto, o prédio abrigou, de 1865 a 1868, as tropas recrutadas de toda a Província, que aguardavam aqui o embarque para o teatro de operações de guerra no Paraguai. Também recebeu contingentes de feridos, oriundos do mesmo campo de batalha.

Depois de concluído (ficou sem o sobrado da parte dos fundos), o edifício teve a sua época esplendorosa, quando servia de Câmara Municipal, pois naquele tempo o salão de sessões, por ser considerado o melhor da cidade, transformava-se no ponto de encontro da sociedade local, cedido para concertos, conferências e outras reuniões sociais. A Câmara permaneceu em suas dependências até fins do século XIX, lá permanecendo o Fórum, que também mudou-se posteriormente, ficando somente servindo de cadeia pública e de sede de várias delegacias de polícia até fins de 1956, tendo sido tomado posteriormente pelo governo federal.

Em fins da década de 1950 foi autorizada a instalação de um museu em suas dependências, através do decreto assinado pelo governo do Estado, no dia 2 de julho de 1958: “Considerando que, pelo decreto nº 30.324, de 10 de dezembro de 1957, foi autorizada a instalação, na cidade de Santos, pela Secretaria de Estado dos Negócios de Educação, de um Museu Histórico e Pedagógico, consagrado ao culto dos Andradas…”.

No entanto, o antigo e tradicional edifício, que é um soberbo monumento histórico, esteve ameaçado de destombamento, e prevista até a sua demolição, pois, na opinião de muita gente, tratava-se de uma vergonhosa velharia do passado, que precisava ser derrubada. Apesar das ameaças, permaneceu firme e acabou sendo cedido ao Município pelo governo do Estado, para a instalação do Museu, tendo passado, inclusive, por restauração por parte do DPHAN, e atualmente é a sede da Delegacia Regional do Litoral da Secretaria de Estado da Cultura.

(Texto retirado da plataforma Novo Milênio)

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Descrição física e estado de preservação do bem

Construída em pedra e cal, o edifício segue o estilo Brasil Colônia e possui mais de 2 mil m². Segundo o IPHAN, apesar de seu aspecto geral lembrar o estilo dos velhos edifícios coloniais, ele apresenta em alguns dos seus elementos e na composição das fachadas a influência do gosto neoclássico do século XIX.

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Outras Informações

INSTÂNCIAS E NÚMERO: IPHAN, Proc. 545-T-56, Livro das Belas Artes: inscrição 448,
12/05/1959. CONDEPHAAT, Proc. 360/73, Livro do Tombo Histórico: inscrição 90,
12/12/1974. CONDEPASA, Proc. 16731, Livro Tombo 1: incrição 01, Resolução SC
01/90.

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Referências

Guia Turístico online de Santos

Disponível em <http://www.turismosantos.com.br/ptb/guia-de-santos/locais/ir/atracoes-em-santos/centro-historico/casa-de-camara-e-cadeia> acesso em 19/04/2016.

Plataforma Novo Milênio

Disponível em <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0187a.htm> acesso em 19/04/2016.

Diário do Litoral, 27/09/2013

Disponível em <http://www.diariodolitoral.com.br/conteudo/18793-restauro-da-cadeia-velha-deve-comecar-em-2014> acesso em 19/04/2016.

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Como Chegar

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