Durante o período da colonização, os padres pertencentes à ordem religiosa Companhia de Jesus, os jesuítas, tiveram grande atuação nas relações com os povos indígenas que habitavam o território da colônia que se formava. Suas principais áreas de atuação foram a educação, com a fundação de colégios, e a catequização dos povos nativos através de métodos de comunicação diversos, incluindo apresentações teatrais e musicais. Os padres jesuítas tinham em sua ideologia a ideia enraizada de missionarismo, ou seja, seus membros deveriam levar a mensagem do “Deus verdadeiro” aos povos chamados de ignorantes (aqueles que desconheciam a religião cristã).
José de Anchieta foi um destes padres missionários. Atuou na colônia portuguesa na América, sobretudo onde hoje se encontra a cidade de São Paulo e o litoral do mesmo estado durante o século XVI. Foi um dos fundadores do Colégio de São Paulo e, assim sendo, foi consagrado pela historiografia tradicional como um dos fundadores da cidade de São Paulo.
O padre esteve presente em Itanhaém entre 1563 e 1595, sempre em suas viagens missionárias pelo litoral. A memória da presença de Anchieta na cidade é bem forte, contando com uma rota turística chamada Caminho de Anchieta que passa por diversos marcos da atuação do padre na cidade, como o Monumento a Anchieta, o Pocinho de Anchieta, os Painéis de Anchieta, a Carta de Batismo do padre localizado no Museu Conceição de Itanhaém, e, também a Cama de Anchieta.
A formação rochosa recebeu este nome por ser um local que, diz a lenda, o padre utilizava para descansar e se inspirar para seus escritos em verso e poema. Este patrimônio significa muito para a história da presença católica jesuíta nos primórdios do Brasil e é testemunha do processo de colonização.
