Prédio da Alfândega

Histórico do patrimônio

As funções alfandegárias de controle das mercadorias que passavam pelo porto sempre estiveram presentes na história de Santos. A terceira alfândega fundada na colônia portuguesa na América foi a de Santos, em 1550, por Antônio Cardoso de Barros provedor-mor da Fazenda Real sob ordens do rei português D. João III.

Tomé de Sousa, ao aportar em São Vicente em fevereiro de 1553 encontrou a alfândega de Santos já estabelecida. A alfândega, ao longo da história santista, funcionou em diversos locais: um barracão da atual rua Frei Gaspar, depois no antigo Colégio dos Jesuítas (demolido em 1877, situado na atual Praça Antonio Telles), depois em um prédio construído em 1880 para uso próprio da alfândega no mesmo endereço do atual.

O prédio da alfândega construído em 1880 encontrava-se em péssimo estado de conservação nos anos 1920. Prova disso é que em agosto de 1924 a alfândega foi transferida para um armazém externo da Cia. Docas de Santos porque o antigo prédio estava ameaçado de ruína; dessa forma, cria-se a necessidade da construção de um novo edifício, autorizada pelo decreto 18284 de 16 de junho de 1928. Em 19 de março de 1930 a pedra fundamental foi lançada em cerimônia pública. Em abril do mesmo ano iniciou-se a demolição do antigo prédio e as obras de regularização, alinhamento e nivelamento da Praça da República. As obras duraram quatro anos e, em 19 de novembro de 1934, houve a cerimônia de inauguração do imponente prédio com cinco pavimentos e revestido por granito.

Em 1974 o prédio passou por uma reforma que descaracterizou algumas alas do edifício, removeu-se as madeiras das janelas por alumínio e o rebaixamento do teto.

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Descrição física e estado de preservação do bem

O prédio é construído em estilo eclético com fortes influências do art déco com suas linhas retas e formas geométricas verticais. Tem 12.350 metros quadrados de área. O térreo é revestido de granito e os outros pavimentos são de massa raspada. Os janelas do primeiro andar são protegidas por grades que imitam folhas e grãos de café e alguns vitrais formam as armas da república. O interior do prédio contém mármore italiano e espanhol que formam estrelas de oito pontas no mosaico no piso saguão.

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