O Quilombo Jabaquara constituído em 1880, é produto não só dos libertos e fugidos da região, mas também das demais regiões paulistas. Isso por conta da “disposição santista como um reduto de caifases e militantes abolicionistas”. O terreno, arrendado aos negros por um italiano, contou com 2 a 20 mil “subtraídos à escravidão” ao longo dos 6 anos de funcionamento do quilombo.
O funcionamento do Quilombo Jabaquara, embora dotasse os libertos de certa independência, estava constantemente condicionado as disputas sobre a posse das terras na qual o quilombo se encontrava. Esses episódios foram principalmente protagonizados por imbróglios jurídicos ocasionados por disputas com o próprio arrendador, Benjamim Fontana, além da figura de Quintino de Lacerda, um ex-escravo encarregado da capitanear os afazeres do quilombo.
Em 2005, a cidade de Santos inaugurou uma “placa homenagem” fixada no local onde seria situada a entrada do Quilombo. O monumento busca simbolizar a força da luta abolicionista santista, nesse considerado o segundo maior quilombo do Brasil.
Hoje, a área ocupada pelo Quilombo Jabaquara está tomada pelas casas do bairro de mesmo nome, e seu potencial para a investigação arqueológica permanece inexplorado.
A placa que indica a localização da suposta entrada do Quilombo Jabaquara, e consequentemente de seus resquícios arqueológicos, está situada na R. Prof. Celso da Cunha Alves, 94, no bairro Jabaquara.
“Processos Sociais e Justiça em Santos, na Década de 1880 – O abolicionismo e o caso do Jabaquara”, André Rosemberg FFLCH/USP)
Disponível em: <http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XVII/ST%20IV/Andre%20Rosemberg.pdf> Acesso em 12/04/2017
Portal Novo Milênio
Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0222k.htm> Acesso em 19/04/2017
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