Imóvel da Rua da Constituição, 278

Histórico do patrimônio

Este casarão foi construído pela antiga Companhia Docas de Santos em 1900 para servir de residência a seus funcionários, tendo seu projeto assinado pelo engenheiro Ricardo Severo da empresa Ramos de Azevedo, que construiu neste período muitos empreendimentos principalmente em São Paulo, como o Theatro Municipal. Nesta época, a Companhia era importantíssima na sociedade santista uma vez que administrava o porto que era o centro gravitacional da atividade econômica cafeeira de exportação. Por volta de 1908 o casarão é vendido ao comendador Francisco Bento de Carvalho, rico comerciante português que tocava negócios relacionados ao café em Santos.

Na época em que o casarão foi construído, a Vila Nova, onde se situa, estava consolidando-se como o local do glamour santista, onde a burguesia construía seus palacetes e viviam conforme as regras higienistas que ditavam as regras sociais desta época, marcada pela fuga dessa classe do centro antigo da cidade, considerado sujo, e a construção de habitações em grandes avenidas ou ruas largas e retas, iluminadas com lampiões a gás, arejadas e iluminadas. É importante sempre lembrar que estes marcos arquitetônicos desta época são referentes a uma classe específica e seleta, enriquecida pelos negócios advindos da economia cafeeira; ou seja, não configura um modo de vida que difundido a todo o conjunto da sociedade brasileira.

O imóvel ficou durante todo o século XX nas mãos de familiares de Francisco Bento de Carvalho. Seu último parente que habitou na casa foi o também comerciante português José Duarte Castelo Branco, que colocou o imóvel a venda no começo da década de 2000. Quase que concomitantemente, o CONDESA iniciou o processo de tombamento, aprovado em dezembro de 2004. A partir daí o futuro proprietário não poderia alterar as características do imóvel protegido por lei.

O imóvel foi adquirido em 2005 pelo antiquarista Rafael Moraes, que pretende instalar o Instituto Cultural Edith Pires Gonçalves Dias e um Museu dedicado ao poeta Martins Fontes. Pretendia-se também instalar no local a Secretaria da Cultura de Santos. Em 2014 o Casarão foi invadido e parte do material histórico que abrigava foi destruído e até o presente momento [2016] o casarão não teve seu destino consolidado.

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Descrição física e estado de preservação do bem

Situado na Rua da Constituição, 278, o casarão destaca-se por sua fachada repleta de azulejos portugueses e espanhóis, talvez inseridos quando adquirido pelo comerciante português Francisco Bento de Carvalho. Na parte interna destacam-se a imponente escadaria de mármore e as portas, janelas e o lustre da sala de jantar construídos em madeira de ipê. Pode-se ler uma descrição detalhada no Portal Novo Milênio, referenciado abaixo.

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Outras Informações

INFORMAÇÕES DE TOMBO

INSTÂNCIAS E NÚMERO: CONDEPASA, Proc. 36238/2004-06, Livro Tombo 01:
inscrição 31, folha 6, Resolução SC 01/2004 de 13/12/2004.

 

É possível a observação da fachada do prédio por meio do passeio público.

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Referências

CASARÃO histórico é invadido e material é destruído em Santos-SP. G1 Santos, 28 jan. 2014. Disponível em <http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/01/casarao-historico-e-invadido-e-material-e-destruido-em-santos-sp.html>, acesso em 6 dez. 2016.

COSTAS, Leonardo. Uma casa para o poeta: projeto ainda depende de apoio político e da iniciativa privada. A Tribuna, Santos, 28 julho 2013. Caderno Cidades, p. A6. Disponível em <http://sites.unisanta.br/hemeroteca/arquivos/a640.pdf>, acesso em 6 dez. 2016.

Portal Novo Milênio. Disponível em <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0230u9b.htm> e <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0230u9.htm>, acesso em 06 dez. 2016.

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Como Chegar

Preencha o formulário abaixo com seu local de partida e meio de transporte para descobrir como chegar em Imóvel da Rua da Constituição, 278

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