Educandário Santista

Histórico do patrimônio

O casarão foi construído em 1919 para uso residencial da família Monteiro Reis, sendo que sua propriedade constituía um terreno retangular localizado entre a Avenida Conselheiro Nébias e a Rua Dr. Armando Salles de Oliveira. Originalmente, o prédio localizado ao lado, atual Colégio Positivus (Conselheiro Nébias, 686), situava-se no mesmo lote da família Monteiro Reis e servia de residência para a filha da família; isto é evidenciado pela constituição harmônica que se observa entre as laterais do dois prédios[1] – poderia haver circulação entre os dois prédios pelas saídas laterais.

Consta que, em meados dos anos 1920 houve uma doação envolvendo o casarão e Joana Monte Bastos Fernandes, mas não é claro se a doação é feita pela família Monteiro Reis em favor de Joana ou se é feita por Joana em favor da instituição que iria se formar ali. O que é mais provável é que Joana era proprietária e efetuou uma doação da propriedade para que ali se constituísse uma instituição de caridade, pois consta que ela era moradora do casarão. Sabe-se também que foi nesta época que a propriedade foi loteada e o prédio do número 686 citado acima foi separado do prédio principal do lote.

O que se sabe é que, em 25 de janeiro de 1927, foi fundado ali o Orphanato Santista, instituição com regime de internato destinada a crianças sem teto e constituída de forma particular por Joana Monte Bastos.

O casarão nunca ficou abandonado, tendo desde então abrigado instituições de ensino que acompanharam o desenvolvimento da educação brasileira: foram construídos outros blocos ao fundo do lote e seu nome mudou de Orfanato para Educandário já nos anos 1950, sendo, então, reconhecido como uma instituição escolar. O não abandono do edifício foi o segredo de sua conservação, que preserva características arquitetônicas originais do início do século XX.

Por fim, o casarão foi tombado pelo CONDEPASA entre 2004 e 2005 como patrimônio de Santos. É interessante notar que o prédio ao lado, do número 686, que originalmente constituía um mesmo conjunto, foi tombado na mesma época mas com registro separado.

[1] SANTOS, Cynthia Regina de Araújo Evangelista dos. Santos das Avenidas: a moradia burguesa no início do século XX. 2007, p. 175.

 

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Descrição física e estado de preservação do bem

O casarão parece ser do estilo eclético burguês do início do século XX, misturando elementos neocoloniais (beiral largo, por exemplo) com colunas jônicas que remetem ao estilo belas artes dos anos 1920.

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Outras Informações

INFORMAÇÕES DE TOMBO

INSTÂNCIAS E NÚMERO: CONDEPASA, Proc. 36230/2004-96, Livro Tombo 01: inscrição
39, folha 7, Resolução SC 06/2005 de 01/12/2005.

 

É possível a observação da fachada do prédio por meio do passeio público.

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Referências

SANTOS, Cynthia Regina de Araújo Evangelista dos. Santos das Avenidas: a moradia burguesa no início do século XX. 2007. 251 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

Portal do Educandário Santista. Disponível em  <https://www.educandariosantista.org.br/educandario.html>, acesso em 25 out 2016.

Portal Novo Milênio. Disponível em <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0250v5.htm>, acesso em 25 out 2016.

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Como Chegar

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