Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto

Histórico do patrimônio

O Casarão

Foi construído pelo alemão Anton Carl Dick em 1900, em um terreno de 6.600 m² na antiga Avenida da Barra. O ‘Casarão Branco’, como ficou conhecido pelos santistas, serviu de residência para a família por 10 anos, quando foi vendido para o exportador de café Francisco da Costa Pires que mudou-se para lá com a esposa e sete filhos. Em 1913 a família Pires enfrentou dificuldades financeiras e tiveram de sair da mansão, que passou a ser a sede do Asilo dos Inválidos. Em 1921 Costa Pires conseguiu readquirir o casarão e realizou uma longa reforma, que durou até 1924, alterando significativamente a fachada e o interior que assumiram o glamour em Artnoveaux que vemos nos dias de hoje. Na ocasião, a casa ganhou uma escada de mármore italiano Carrara e corrimão de ferro maciço confeccionado pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo; ganhou também mais cômodos, afrescos e um jardim de inverno. Na parte exterior, quadra de tênis, alojamento para os criados, sala de aula, pomar, fonte, pérgulas e uma alameda com jambolões. A família Pires habitou o casarão até 1935, quando o venderam definitivamente. Por dois anos o imóvel abrigou um pensionato de moças e, em 1937, o espanhol Antonio Canero comprou a propriedade.

Na década de 1970, com a supervalorização dos imóveis na orla da praia, os herdeiros de Canero decidiram se desvencilhar da mansão que, certamente, seria demolida para a construção de um novo edifício.

Para não perder esse patrimônio de inestimável valor arquitetônico, que marca a época áurea dos barões do café, a prefeitura tomou a iniciativa de reconhecer a utilidade pública do prédio. Em 1986 tiveram início as obras de restauro e, em 1992, a Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto ocupou o espaço, tendo como membro da diretoria Edith Pires Gonçalves Dias, que passou boa parte da vida morando no famoso casarão branco da praia. Finalmente, em 21 de dezembro de 2012, o edifício foi tombado em instância municipal (CONDEPASA) e considerado patrimônio histórico. 

A Fundação

A Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto foi instituída segundo a Lei número 154, de 28 de maio de 1986. É gerenciada, desde 2003, pela Associação de Amigos da Pinacoteca Benedicto Calixto, com o objetivo de difundir e estimular a produção artística em geral, especialmente as artes plásticas, a instituição reúne, classifica, cataloga e expõe convenientemente obras consideradas de alto nível estético e representativas de sua época; conserva e restaura obras de arte; promove estudos, pesquisas, e práticas pertinentes à defesa das artes plásticas no município de Santos.

Denominada ‘Benedicto Calixto’ em homenagem ao pintor que tanto se dedicou a retratar e estudar Santos e região, a Instituição é considerada Entidade Pública Municipal pela Lei n0 1478 de 25 de março de 1996 e Entidade Pública Federal pela Lei Federal D.O.U., portaria n0 1610 de 23 de setembro de 2014.

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Descrição física e estado de preservação do bem

O edifício possui dois andares utilizados para exposições permanentes e temporárias, além de sediar cursos e eventos culturais que envolvem arte, literatura e música.

O teto de cada cômodo é ricamente ornamentado com afrescos temáticos que simbolizam a utilidade de cada local, como a antiga sala de música, que possui pinturas de harpas.

O piso, os afrescos e a escadaria de mármore italiano Carrara mantém o padrão originário da reforma realizada pela família Costa Pires (concluída em 1924). Os vitrais foram trocados durante o restauro iniciado em 1986. Fazem parte do acervo da Fundação: conjuntos de chá e café doados pela antiga moradora D. Edith Pires; câmeras, fotografias, livros e materiais de pintura de Benedicto Calixto e Armando Sendin; acervo pictórico de 227 (duzentas e vinte e sete) telas, sendo 127 (cento e vinte e sete) de Armando Sendin, 62 (sessenta e duas) telas de Benedicto Calixto, 01(um) de Pedro Alexandrino, 02 (duas) de A. Fernandes, 02 (duas) de Sizenando Calixto, 01 (uma) de Ângelo Cantú, 01 (uma) de Salvador Rodrigues Jr., 02 (uma) de Atayde Mestieri Chammas, 01(uma) de Gilbero Winter, 01 (uma) de Ascendino Andrade, 01 (uma) de Niobe Xandó, 01(uma) de Percy Lau, entre outros artistas, além de 51 (cinquenta e uma) cerâmicas de Armando Sendine painéis com textos e fotos contando a trajetória do Casarão (todas as peças contam com legendas e/ou quadros explicativos). A Fundação também abriga amplo acervo bibliográfico composto por 2.378 títulos, desde publicações sobre artes plásticas, catálogos de exposições, revistas de arquitetura, museologia, patrimônio cultural, história da cidade, todos à disposição do público para consultas. É também o único centro cultural da região que aderiu ao projeto Livro Livre, iniciativa mundial, com a finalidade de estimular a leitura, promovendo a circulação de livros sem custo e sem compromisso de devolução. Atualmente apresenta a exposição de longa duração, inaugurada em 1992, composta por 62 obras de Calixto, intitulada “De cada janela…”, que apresenta as várias temáticas exploradas pelo pintor ao longo de sua trajetória.

O Casarão conta ainda com biblioteca, área administrativa, lojinha com souvenires e livros que reproduzem obras de Benedicto Calixto. Na área externa de aproximadamente 6.600 m², há um jardim de inverno, uma alameda rodeada por bancos e árvores de jambolão, fonte, pérgulas, sala para o projeto Livro Livre, sanitários, uma quadra de tênis (que serve atualmente como estacionamento), e uma saleta utilizada para exposições temporárias (que possui problemas de iluminação e parece estar alheia à construção principal). A pintura da fachada está em bom estado, exceto em alguns pontos onde há pequenos sinais de desgaste. Há sistema de monitoramento por câmeras e equipamento contra incêndios.

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Outras Informações

As visitas são todas monitoradas, porém todas as obras dispostas no interior do bem cultural são acompanhadas de quadros explicativos. Encontra-se no local também uma pequena loja com a reprodução das obras, biblioteca que pode ser usado pelo visitante e área administrativa.

Além da visita entre as obras de Benedicto Calixto a pinacoteca recebe frequentemente exposições temporárias que também podem ser exploradas.

Para realizar a visita em grupo é necessário agendar via e-mail: bcalixto@uol.com.br.

Site: www.pinacotecadesantos.org.br

 

INFORMAÇÕES DE TOMBO

INSTÂNCIAS E NÚMERO: CONDEPASA, Livro Tombo 01, inscrição 51, Proc. nº 119246/2008-21, Resolução Nº SC 01/2012 de 13/12/2012.

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Referências

Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto . Disponível em: <http://pinacotecadesantos.org.br/OCasarao.aspx>.Acesso em: 28 de abr. 2015

Guia de Santos – Santos Cidade. Disponível em: < http://www.turismosantos.com.br/ptb/guia-de-santos/locais/ir/atracoes-em-santos/orla/pinacoteca-benedicto-calixto>. Acesso em 28 de abr. 2015.

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Como Chegar

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