Nos meses que antecederam o Centenário da Independência do Brasil, entre os anos de 1921 e 1922, lançou-se concurso de plantas e maquetes para a escolha de um monumento a ser construído no espaço público de Santos que simbolizasse tal data. O projeto escolhido foi o do escultor Antonio Sartori, sendo que Benedito Calixto constava entre os jurados.
Naquele momento, início do século XX, com todas as movimentações da economia cafeeira, do surto modernizador da Primeira República que atingia os centros urbanos do país. Assim, levando a ideologia higienista ao espaço público, monumentos eram erguidos em memória à identidade nacional brasileira pautada na chamada ‘história oficial’, escrita a partir de heróis escolhidos para ser elevados ao panteão da nação. Dentre os heróis da história oficial estão os irmãos Andrada, sobretudo José Bonifácio de Andrada e Silva, mas também Martin Francisco Ribeiro de Andrada e Silva e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.
Estes homens foram eleitos por esta historiografia como sendo vultos nacionais, com grande importância na história do país, no seu desenvolvimento e constituição enquanto nação independente.
A pedra fundamental deste monumento foi lançada em 22 de agosto de 1921 com a presença do presidente Epitácio Pessoa e foi inaugurado em 7 de setembro de 1922, data cívica, com a presença de figuras importantes da política naquele momento.
Foi tombado como patrimônio histórico e cultural de Santos nos anos 1990, sendo, desde então, protegido pela legislação.
Localizado no centro da Praça da Independência, o monumento é um dos mais valiosos do país: todo feito em granito com figuras e ornamentos de bronze. No detalhe podemos verificar a presença de elementos étnicos da formação do povo brasileiro, bem como a representação dos irmãos Andrada.
INFORMAÇÕES DE TOMBO
INSTÂNCIAS E NÚMERO: CONDEPASA, Proc. 11329/96-30, Livro Tombo 01: inscrição
25, folha 5, Resolução SC 02/97 de 20/05/97.
Este monumento pode ser observado pelo passeio público.
BUSTO, Cláudia de Assis. Arquitetura Moderna da Praça da Independência de Santos como representação da memória e do patrimônio local. Revista Ceciliana, nº especial: Patrimônio Cultural – Memória e Preservação: Santos, maio de 2012. Disponível em <http://sites.unisanta.br/revistaceciliana/edicao_especial_museus/TEXTO3.pdf>, acesso em 12 dez. 2016.
Portal Novo Milênio. Disponível em <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0184o.htm>, acesso em 12 dez. 2016.
Portal de Santos. Disponível em <http://www.santos.sp.gov.br/comunicacao/historia/independ.html>, acesso em 12 dez. 2016.
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